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Uma reflexão independente sobre a mídia.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Alguém já havia prevenido...


... que o governo federal usaria o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida e o PRONATEC como motes da campanha pela reeleição de Dilma Rousseff.

E hoje, um anúncio de página inteira (preço de veiculação, "cheio", sem descontos: R$ 419.328,00), a de número 5, n'O Globo, propagandeia: "PRONATEC. Cada brasileiro que cresce faz o Brasil maior".

Pergunto: - em quantos veículos mais o MEC está reproduzindo esta ação de publicidade comercial? Por quanto tempo?

Não seria melhor utilizar esta montanha de recursos nos fins deste programa (e noutros), ao invés de nos meios de comunicação?

Com a palavra toda a juventude brasileira que não está assistida por qualquer programa do governo federal.
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domingo, 17 de novembro de 2013

Fui acusado de defender a aplicação da Ley de Medios "para nós", no Brasil...

NUNCA sugeri o modelo da lei argentina para "nós" - o modelo da lei argentina é "deles", com tudo o que a história e a derrocada do último século (em 1913 a Argentina era o quinto país do mundo) acarretam... 

Meu "norte" é a FCC estadunidense. Outro bom caminho é a PCC britânica. 

Registro: sonho com um Brasil livre de PT, PSDB, PMDB (o maior "inimigo", a ser mais urgentemente abatido) e PSB (no qual a cavalgadura vice-presidente considera-se "um intelectual"). 

Leitura obrigatória, no tema; "Impérios da Comunicação", de Tim Wu - um libelo que alerta quanto a monopólios, de qualquer tipo. 

A matéria de capa da penúltima CartaCapital é ótimo material jornalístico investigativo sobre o tema e busca entender como as Organizações Globo, de uma pré-falência em 2001 (até o salvador PROER da mídia, com FHC), passa seus controladores à família mais rica do país (pelo ranking da Forbes). 

Precisamos construir o NOSSO modelo. 

Diverso, respeitando a Constituição Federal no que tange a Cultura e Comunicação (http://www.marketing-e-cultura.com.br/website/pg006/pg06-abcd.html) e concorrencial - como em qualquer dos países (muito) mais civilizados que o Brasil.

FCC - Federal Communications Commission 

PCC - Press Complaints Commission
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Efeito colateral?

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O texto de Opinião publicado pelo jornal O Globo, hoje, em sua página 31, concomitante à reportagem "Argentina começa processo que obriga Clarín a entregar concessões", antecipa a defensiva na qual estarão todos os grupos integrantes do PGI (Partido da "Grande" Imprensa) no idêntico embate com o qual o Brasil já tem um encontro marcado... desde 1962 - data da atual legislação sobre comunicações no país.

A íntegra:

EFEITO COLATERAL

A decisão da mais alta instância da Justiça argentina de referendar a Lei de Meios atinge o país de forma bastante ampla.

A redução compulsória do tamanho do Grupo Clarín é um ataque à liberdade de expressão e, portanto, à própria democracia.

E, ao sinalizar ao mundo que inexiste segurança jurídica na Argentina - pois concessões podem ser cassadas no Judiciário por pressão do Executivo -, o país fica ainda mais distante dos planos de investidores estrangeiros.

Muito bem dito

Cai por completo a máscara das "organizações", na voz de seu mais emblemático veículo - o house organ impresso O Globo.

Volta o mesmo blá-blá-blá da época das eleições de 2002: o "medo" da insegurança jurídica", o "medo" da "pressão" do Executivo, a "fuga" dos investidores estrangeiros...

E repete-se a mesma lenga-lenga que tenta justificar o imbecilizante lixo imposto ao público por suas empresas de mídia eletrônica - absoluto "entretenimento", escondendo-se atrás do conceito "liberdade de imprensa" quando menos de 10% da programação é dedicada a jornalismo...

Concessões ... na marra

E quem é O Globo para questionar concessões públicas? Se não é um diário sustentado pela receita (entre outras) publicitária do canal (5) de TV (Paulista) sob a qual pairam suspeitas há décadas?

Como cobrar algo da "opinião publica" (*), se trata-se o grupo de uma centena de empresas de responsabilidade limitada sobre as quais  não incide qualquer legislação de transparência?

Como responder à imoral propriedade cruzada? Como responder à homogeneização da cultural e descumprimento dos mínimos reclamos constitucionais de diversidade e regionalidade?

Como responder ao monopólio que abocanha 60% do "bolo" nas verbas publicitárias?

Ato falho

"Efeito colateral" nos games é sinônimo de civis mortos "sem querer" nas eternas guerras de gangues versus "forças de segurança"...

(*) Ensinava - nas próprias páginas de O Globo -, Artur da Távola (ex-senador pelo PSDB do Rio de Janeiro, falecido em 2008): "Não existe opinião pública, mas a opinião de quem publica".
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