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Uma reflexão independente sobre a mídia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A libertação está nos fatos. Por Fernão Lara Mesquita.

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Repassando "A libertação está nos fatos". Fernão Lara Mesquita. 24 Outubro 2015 | 02h 32 Poucas vezes terá havido situação semelhante à deste nosso banquete de horrores no qual 90% dos comensais declaram-se com nojo da comida que lhes tem sido servida, mas são obrigados a continuar a tragá-la simplesmente porque não sabem pedir outro prato. Na segunda-feira, 19/10, O Globo publicou nova reportagem da série 'Cofres Abertos', sobre a realidade do Estado petista. O título era 'Remuneração em ministério vai até R$ 152 mil'. Eis alguns dados: Lula acrescentou 18,3 mil funcionários à folha da União em oito anos. Em apenas quatro Dilma enfiou mais 16,3 mil. Agora são 618 mil, só na ativa; 103.313 têm 'cargos de chefia'. Os títulos são qualquer coisa de fascinante. Há um que inclui 38 palavras: 'Chefe de Divisão de Avaliação e Controle de Programas, da Coordenação dos Programas de Geração de Emprego e Renda...” e vai por aí enfileirando outras 30, com o escárnio de referir um acinte desses à 'geração de emprego e renda'. O 'teto' dos salários é o da presidente, de R$ 24,3 mil. Mas a grande tribo só de caciques constituída, não pelos funcionários concursados ou de carreira, mas pelos 'de confiança', com estrela vermelha no peito, ganha R$ 77 mil, somadas as 'gratificações', que podem chegar a 37 diferentes. No fim do ano tem bônus 'por desempenho'. A Petrobras distribuiu mais de R$ 1 bilhão aos funcionários em pleno 'petrolão', depois de negar dividendos a acionistas. A Eletronorte distribuiu R$ 2,2 bilhões em 'participação nos lucros', proporcionados pelo aumento médio de 29% nas contas de luz dos pobres do Brasil, entre os seus 3.400 funcionários. Houve um que embolsou R$ 152 mil. A folha de salários da União, sem as estatais, que são 142, passará este ano de R$ 100 bilhões, 58% mais, fora inflação, do que o PT recebeu lá atrás. Essa boa gente emite 520 novos 'regulamentos' (média) todo santo dia. Existem 49.500 e tantas 'áreas administrativas' divididas em 53 mil e não sei quantos 'núcleos responsáveis por políticas públicas'! Qualquer decisão sobre água tem de passar pela aprovação de 134 órgãos diferentes. Uma sobre saúde pública pode envolver 1.385 'instâncias de decisão'. Na educação, podem ser 1.036. Na segurança pública, 2.375! E para trabalhar no inferno que isso cria? Quanto vale a venda de indulgências? Essa conversa da CPMF como única alternativa para a salvação da pátria em face da 'incompressibilidade' dos gastos públicos a favor dos pobres não duraria 10 segundos se fatos como esses fossem sistematicamente justapostos às declarações que 100 vezes por dia os jornais, do papel à telinha, põem 'no ar' para afirmar o contrário. Se fossem editados e perseguidos pelas televisões com as mesmas minúcia, competência técnica e paixão com que seus departamentos de jornalismo fazem de temas desimportantes ou meramente deletérios verdadeiras guerras santas, então, a Bastilha já teria caído. Passados 10 meses de paralisia da Nação diante da ferocidade do sítio aos dinheiros públicos e ao que ainda resta no bolso do brasileiro de 2a. classe, com a tragédia pairando no ar depois de o governo mutilar até à paraplegia todos os investimentos em saúde, educação, segurança pública e infraestrutura, a série d'O Globo é, no entanto, o único esforço concentrado do jornalismo brasileiro na linha de apontar com fatos e números que dispensam as opiniões de 'especialistas' imediatamente contestáveis pelas opiniões de outros 'especialistas' para expor a criminosa mentira de que este país está sendo vítima Nem por isso deixou de sofrer restrições mesmo 'dentro de casa', pois, apesar da contundência dos fatos, da oportunidade da denúncia e da exclusividade do que estava sendo apresentado, a 1a. página do jornal daquele dia não trazia qualquer 'chamada' para o seu próprio 'furo' e nem as televisões da casa o repercutiram. O tipo de informação sem a disseminação da qual o Brasil jamais desatolará da condição medieval em que tem sido mantido tornou-se conhecido, portanto, apenas da ínfima parcela da ínfima minoria dos brasileiros alfabetizados que lê jornal que tenha folheado O Globo inteiro daquele dia até seus olhos esbarrarem nela por acaso e que se deixaram levar pela curiosidade página abaixo. É por aí que se agarra insidiosamente ao chão essa cultivada perplexidade do brasileiro que, em plena 'era da informação', traga sem nem sequer argumentar aquilo que já não admitia que lhe impingissem 200 anos atrás mesmo que à custa de se fazer enforcar e esquartejar em praça pública. Do palco à plateia, Brasília vive imersa no seu 'infinito particular'. Enquanto o País real, com as veias abertas, segue amarrado ao poste à espera de que a Pátria Estupradora decida quem vai ou não participar da próxima rodada de abusos, os criminosos mandam prender a polícia e a plateia discute apaixonadamente quem deu em quem, entre os atores da farsa, a mais esperta rasteira do dia. Deter o estupro não entra nas cogitações de ninguém. A pauta da imprensa – e com ela a do Brasil – foi terceirizada para as 'fontes' que disputam o comando de um sistema de opressão cuja lógica opõe-se diametralmente à do trabalho. Os fatos, substância da crítica que pode demolir os 'factoides', esses todos querem ocultados. Perdemos as referências do passado, terceirizamos a 'busca da felicidade' no presente, somos avessos à fórmula asiática de sucesso quanto ao futuro. Condenamo-nos a reinventar a roda em matéria de construção de instituições democráticas porque a que foi inventada pela melhor geração da humanidade no seu mais “iluminado” momento e vem libertando povo após povo que dela se serve está banida das nossas escolas e da pauta terceirizada pela imprensa a quem nos quer para sempre amarrados a um rei e seus barões. Como o resto do mundo resolve os mesmos problemas que temos absolutamente não interessa aos 'olheiros' dos nossos jornais e TVs no exterior, que, de lá, só nos mostram o que há de pior... A imprensa nacional está devendo muito mais à democracia brasileira do que tem cobrado aos outros nas suas cada vez mais segregadas páginas de opinião. * Fernão Lara Mesquita é jornalista e escreve em 'Vespeiro'.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Olha o absurdo que deu... n'O Globo!


Passaralho

Semana passada, a diretoria da Petrobras bateu o martelo. Será de uns 30% o corte de gastos da estatal na área de comunicação.

A área, que tinha 1.100 profissionais (jornalistas, publicitários e agregados), deve cair para 600 em todo o país.

(O Globo, P. 10 - coluna de Ancelmo Gois).

COMENTÁRIO

A Petrobras é o maior conglomerado de comunicações do país. Sempre foi, aliás. Seus jornalistas, radialistas e técnicos de áudio e vídeo concursados formam a maior redação brasileira - à prova de 'passaralhos' como os do título. Seus publicitários, 'designers', produtores gráficos, fotógrafos e produtores audiovisuais constituem a maior agência de propaganda tupiniquim (e à prova da perda de contas... afinal o cliente é um só). Seus errepês concursados dão banho 'de lavada' nas mirradas equipes das agências multinacionais de Relações Públicas instaladas no país (e são do tipo que nem cuidam do tal do 'gerenciamento de crises'... pois isto fica para 'coleguinhas de jornal' terceirizados e super-especializados em fazer a 'contenção da imprensa' - nome técnico da coisa).

Como se este exército - que produz toneladas de papel e terabytes de blá-blá-blá político-corporativo - não bastasse, as excelsas diretorias contratam, a seu bel-prazer, outros batalhões de 'coleguinhas' para 'dar conta do recado'... porque, afinal, ninguém é de ferro...

Testemunhei (ninguém me contou, não) jornalistas-concursados que tinham como única função administrar... jornalistas terceirizados para fazer... o seu (deles) trabalho! E que, rapidamente, ao assumir uma seção de comunicação (interna, sempre), mudavam o nome dos informativos (ditos doravante, 'veículos') para 'Jornal do E&P', 'Jornal do Abast', 'Jornal do Edise'. Tal 'batismo' garantiria criar cargos (chamando mais 'coleguinhas' amigos) de 'editor-chefe', 'redator', 'repórter', 'repórter fotográfico', 'diagramador-planejador-gráfico', e por aí vai... Ou seja... um verdadeiro armário, pleno de cabides.

Agora que bateu a crise, a Petrobras vai reduzir a mão de obra comunicóloga... mas não vai restringir-se aos concursados (mesmo com números recordes, no mundo)... vai, tão somente, reduzir as 'boquinhas', as penas de aluguel - rachar à metade a politicalha que só cuida de entrincheirar seus chefetes encastelados em cada diretoria, superintendência, gerência, chefia, atrás de 'veículos' auto-elogiativos, inúteis, perdulários - mas que fazem a alegria de hordas e hordas de estudantes de comunicação 'concurseiros' frustrados que, de outra maneira, jamais conseguiriam emprego no mais chinfrim dos blogues alheios - sim, porque nem assunto para pautas próprias este povo tem.

Lástima!
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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Um político brasileiro. Com defeitos. Mas com lucidez de sobra. Em dois tempos.

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Leonel Brizola:

1) No Programa do Jô, enfrentando plateia e audiência, ousando desnudar a "blitzkrieg" do "establishment" - https://www.youtube.com/watch?v=Bk0S_Q-EiG0

2) No Roda Viva, desnudando Lula e FHC - https://www.youtube.com/watch?v=RxYbd7Tvi7U 
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domingo, 5 de julho de 2015

DESIGN "TICKING". Do Rio de Janeiro, em 5 de julho de 2015.



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Isso mesmo... tic-tac... tic-tac... tic-tac...

Lê-se, hoje, n'O Globo (caderno Boa Chance, P. 6), a seguinte nota:

Profissão "designer" - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, essa semana, em Brasília, o PL - Projeto de Lei - 4.692/2012, que visa ao registro oficial da ocupação. O próximo e último desafio é conseguir a aprovação do Senado Federal. Atualmente, são mais de 179 escolas espalhadas pelo país que oferecem o curso de "designer" de interiores. De acordo com a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), mais de 80 mil profissionais da área já atuam no mercado de trabalho.

NOTA (minha): No mesmo ano de 2012, aliás, começou a funcionar no Brasil, o Sistema CAU, de Conselhos (Federal e Regionais) de Arquitetura e Urbanismo, entidade (criada pela lei 12.378/2010) de profissionais que tiveram a coragem e o desprendimento de sair de sob a fortíssima égide do CREA para seguir sua própria trilha, o seu próprio destino. Não se menciona, na matéria, mas o país é berço de "designers" nos mais diversos campos, tais como de paisagismo (Burle Marx), além do de arquitetura e urbanismo (Oscar Niemeyer e Lucio Costa), mobiliário (Sergio Rodrigues e Joaquim Tenreiro), e de marcas (Aloisio Magalhães, criador da marca da UERJ, pontuo), entre outros.

Enquanto isso...

Uma categoria de profissionais formada na esteira de uma área consagrada no país desde 1914, (apenas 8 anos depois de sua criação nos Estados Unidos), que teve seu pioneiro curso de especialização na FGV, em 1953 (da qual meu professor - e mentor - Manoel Maria de Vasconcellos foi aluno), e a fundação de sua primeira ONG, a ABRP, em 1954 - base, também, da reivindicação de ser considerada a atividade mais que ocupação, uma profissão regulamentada - coloca-se omissa e declinante de registros (apesar da centena de escolas idem espalhadas pelo país), justamente no momento em que vislumbra (logo ali, em setembro) sua autonomia e independência acadêmicas, com as novas DCNs - reflexo da importância que a gestão de relacionamentos e de reputações ganhou em todos os círculos de negócios, além do Estado e do Terceiro Setor.

O tempo passa para todas... as atividades

No nosso caso, das Relações Públicas brasileiras, temos um capital imenso - este é meu juízo - com lei, regulamentação, doutrina, jurisprudência firmada, estrutura de conselhos regionais e federal, formação em nível de graduação a doutorado, uma base de muito mais de 100 mil formados e potencial de mais de 30 mil registros ativos - entre pessoas físicas e jurídicas, além das posições no serviço público (que em 90% dos casos cumpre a lei - em 10% não cumprida por desconhecimento e incompetências de setores de RH estatais e privados - cuja maioria esmagadora é corrigida após a intervenção do Sistema Conferp-Conrerp), e vamos deixar isto ser tomado pela sanha desregulamentadora, mãe da "financeirização", terceirizações e precarização do trabalho, mundo afora? Vamos deixar nosso mercado ser tomado por jornalistas (e outrem) em desvio de função, praticando - só - imoral tráfico de influência? Até quando assistiremos a oportunistas lutando pela mudança de leis e regulamentos para - além de imorais, ilegais e antiéticos - tornarem-se "legais", "regulares", "exemplares"?

Oportunismo, arrivismo, má-fé e mau-caratismo

Lembremos o caso da lei discricionária de Getúlio Vargas, que editou-a apenas para atender a UMA pessoa, na maior canetada da nossa história republicana. Pois é, há um verdadeiro pelotão de pessoas trabalhando para que algumas, senão uma pessoa, aufira o registro de relações-públicas. Mas não se trata, este, de um mero caso de parentela - ou só compadrio - como no da lei discricionária sancionada por Getúlio Vargas - caso muito bem contado, aliás, no livro "Chatô, o rei do Brasil", de Fernando Morais - a qual deu acesso individual a um (suposto) "direito", mas a abertura de uma brecha, o verdadeiro arrombamento (aqui, agora, e alhures - há tempos - já anunciado) de uma porteira que dizimará nossa querida, e única no mundo, formação superior; aquela forjada na ideia sueca (Suécia: "mátria" da profissão) de "ombudsman" (quando somos, nas organizações, representantes de quem está fora dela) e não pela simples "tomada da mídia" pelo poder das "corporações-clientes" via suas poderosas assessorias "de imprensa" - autêntica jabuticaba brasileira com os dias contados sob tal rótulo e, por isso, necessitada urgente da nossa denominação ("public relations") - que é universal.

Robert Zemeckis inspira

Depois disso virá o desmantelamento do próprio sistema de regulação da nossa (hoje) privativa responsabilidade técnica (R.T.) de "informação de caráter institucional" (nossos conselhos), e o fim dos cursos de graduação em RP (algo também já em curso, fruto da ação do mesmo pelotão). Ou seja, nossos diplomas - de verdade - como que desaparecerão, a exemplo - na ficção - das fotos familiares do personagem Marty McFly na saga cinematográfica de "Back to the future".

Quem viver - sem agir - verá.
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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Nervos de Aço: os limites da divulgação. Ou... para além do 'media training' e de 'media relations'.


Interessante argumentação - pró e contra - os limites da divulgação (publicity), principal papel das relações públicas no mundo anglo-saxão.

Falar à imprensa é sempre algo tenso. Para os falantes - as tais "fontes" - e seus attachés de presse (que suam frio até o apagar dos sun guns). Por isso mesmo, aliás, hordas de assessores "de imprensa", jornalistas na esmagadora maioria das vezes, faturam alto com media training

No Brasil, sabemos, o estatuto acadêmico ampliou em muito o espectro de ação das relações públicas. E por que será que isto aconteceu?

Interessante indagar - neste ponto - quem veio antes, no país; se o relações-públicas ou o assessor "de imprensa".

Link - http://www.portalimprensa.com.br/noticias/brasil/72056/em+artigo+ancora+de+canal+britanico+comenta+entrevista+frustrada+com+robert+downey+jr

Ivy Lee deve ter passado pela questão, mas não temos registro sobre tal "problematização" à época. Afinal, os jornais eram feiosos, sujavam muito as mãos dos leitores, e a propaganda que se via neles talvez chamasse menos atenção que as notícias, tão rudimentar a sua produção - em nada comparável à de hoje.

Fato é que no Brasil, quando as relações públicas chegaram "com força" (a inauguração havida na Light fora, de fato, pioneira, mas não acompanhada de outros atores de peso na indústria, no comércio, nos serviços), ou seja, nas décadas de 1950 e 1960, com os marcos de 1954 (fundação da ABRP), e de 1967 (com a regulamentação da profissão), os jornalistas (desempregados ou não - pasme!) já ocupavam o lugar de media relations. O resto é história.

Uma tese: o currículo escolar superior da recém-criada "habilitação" da Comunicação "Social"(*), em fins dos anos 1960, ocupou-se de outras coisas para que se deixasse espaço para a - imoral - dupla militância dos jornalistas, um claro e ilegal "desvio de função" que interessava ao - dúbio - exercício do poder, na época. A Administração flertara com as novas técnicas - eventos, ombudsmania, goodwilling, edição de house organs - mas o MEC, sob linha dura, acabou com o namoro. E o resto, aqui, também é história.

(*) O mostrengo curso de Comunicação "Social" foi uma imposição da ditadura, adotada para manter o controle, via mídia, de corações e cérebros. Felizmente, com as novas diretrizes curriculares nacionais para ambos os bacharelados, em Jornalismo e em Relações Públicas, a vigorar em setembro de 2015, o frankenstein se vai de vez, e as duas áreas ganham autonomia e independência acadêmicas.
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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Terceirizaram a razão...

ONTEM, na Bandeirantes, o programa Canal Livre prestou um enorme desserviço à sua audiência. E o seu entrevistado, outro - também grande - à sua biografia docente. No final, acabou entregue. Aos 80 anos, o professor já estaria aposentado há 5 anos, com PEC-da-bengala e tudo. Colocou-se ele, então, como um porta-voz da FIESP - de uma FEA/USP, aliás, sempre submetida a "patrocinadores do establishment".

Na primeira rodada de falas, já trataram, entrevistadores e entrevistado, de "enterrar" o esclarecimento do que seriam áreas "meio" e áreas "fim" - objeto central dos debates em torno da PEC da Terceirização Total.

O resto foi o resto, decepcionante.

Gostaria de saber quais entrevistadores ali são "PJ" e quais são contratados CLT da emissora. Sem saber isto, fica mesmo difícil, senão "impossível" - como, aliás, disseram -, definir o que é atividade-meio e o que é atividade-fim.
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quinta-feira, 30 de abril de 2015

HOJE, na Band News FM... o recado do bilheteiro-chefe.

... a jornalista entrevistava o "Ticketing Director" dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, 2016, Sr. Donovan Ferreti, e ele dizia - respondendo à indagação dela sobre críticas feitas ao "modus operandi" da venda de ingressos - que "o sistema de sorteios por ingressos (cuja inscrição foi prorrogada até o dia 6 de maio) é fruto de um processo de aprimoração (sic) constante".

Como escreveria Ancelmo Gois, "Ticketing Director" é o cacete!
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domingo, 19 de abril de 2015

The Naked Brand... o filme - E nada mais foi como antes.

Vamos ser transparentes?

Sept, 25, 2014 (Bloomberg) - The Naked Brand (2013) takes aim at traditional advertising and its future. With their constant use of technology and social media, today's consumers are smarter and more invested in what they buy and marketers are taking advantage of this newly empowered customer by creating transparent and positive stories about their companies and products.

Sobre o documentário: https://www.youtube.com/watch?v=GxPS5th-y_Q

O documentário "A Marca Nua", de Sherng-Lee Huang e Jeff Rosenblum, citado na matéria acima, põe seu foco na propaganda tradicional e seu futuro - na opinião do fundador da marca Patagonia, Yvon Chouinard, "nenhum futuro".

A chave para entender o fenômeno atual é a tecnologia, mas não as tecnologias usadas pelas corporações para vender e, sim, o - intensivo uso - antes de comprar - de tecnologia pelos consumidores, notadamente as redes sociais propiciadas (e fundadas sobre) a internet e a telefonia móvel (cuja combinação dá em telemática) - tornando-o mais atento e provido de "inteligência comparativa" na hora de comprar e/ou consumir. Alguns - poucos - profissionais de marketing já estão posicionados para atender este empoderado cliente, usando, principalmente a transparência e relatos positivos reais - postados na web pelos próprios consumidores - sobre produtos e empresas.

Sobre transparência: https://www.youtube.com/watch?v=3OEIGIhhofQ

Para mais: http://mmmneto.wix.com/rpcanal?hc_location=ufi 
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sábado, 14 de março de 2015

Do trivial variado.

Duas coisas (isto mesmo, coisas) publicadas n'O Globo de ontem chamam... melhor... clamam por atenção deste Offbudsman. A elas:

1) P. 19 - DIÁLOGO DE SURDOS...

Vítimas de arrastão no metrô vão processar concessionária. Bando rouba 16 passageiros após trem sair do Largo do Machado.

A companhia do metropolitano do Rio de Janeiro, a esta altura, já deve ser detentora de algum recorde de desmentidos (leia-se mentiras...) e propaganda enganosa. Sandice em três atos:

"As vítimas reclamaram da falta de câmeras dentro da composição e de vigilantes não terem abordado os criminosos na estação Flamengo...".

"Por meio de sua assessoria de imprensa, a concessionária Metrô Rio informou que, por ser um modelo antigo, o trem não conta com aparelhos de geração de imagens".

"Mas a empresa destacou que há 800 câmeras distribuídas nas 36 estações do sistema e que conta com 350 agentes equipados com cassetetes".

Resumindo, é mais ou menos este, o "diálogo" usuário-metrô:

- Não há câmeras no vagão e não houve ação dos seguranças na estação Flamengo!

- Temos câmeras noutros vagões e seguranças que não usaram seus cassetetes na estação Flamengo.

2) P. 21 - VÁ COOPERAR 'ASSIM' NA 'AMIL'...

UNIMED-RIO, UM PATRIMÔNIO CARIOCA (não há a sinalização de que se trata de um Informe Publicitário):

"A insensatez teve desdobramentos. Após a Assembleia, alguém, visivelmente de má fé, procurou diversos órgãos de imprensa para, entre outros propósitos, indispor a figura do presidente da cooperativa com seus dignos representados. Chegou ao ponto de inserir na coluna de um prestigioso jornalista do Rio informação falsa sobre a remuneração do presidente, elevando-a para um patamar absurdo...".

Na véspera, a coluna de Ancelmo Gois, de fato, noticiara que o salário mensal de Celso Barros, presidente da UNIMED-Rio, seria de 240 mil reais - um dado que teria causado indignação na tal Assembleia que - aliás, - acabou elegendo uma chapa de oposição (a Celso Barros) para o Conselho Fiscal da cooperativa.

Indago: quem e como "alguém" pode "inserir" algo na coluna de Ancelmo Gois? Que se saiba, o colunista d'O Globo não divulgou ser doador de medula óssea...
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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Jornalismo é - bom - negócio. Jornalistas, empreendam!

Deu n'O Globo de ontem (27/02/2015): IMPRENSA - Dia 4 de março começa a circular na internet o jornal "Fatoonline". Na redação, os jornalistas Orlando Britto, Rudolfo Lago, Cecilia Maia, Andrei Meirelles, Helena Chagas​ e outros.

É auspicioso ver jornalistas empreenderem. Esta é "a" saída para o jornalismo brasileiro.

É por este motivo que tanto insisto que as graduações em Jornalismo incluam em suas grades curriculares as disciplinas de Administração, Ciências Contábeis, Finanças, Marketing e RH. Pelo menos como eletivas.
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

É belo...


Mas... é a essência de um mal - o "storytelling" nocivo... aquele que migrou da Literatura e da Propaganda para o Jornalismo e para as Relações Públicas Picaretas.

LINK - http://noticias.terra.com.br/popular/noticias/0,,OI106018-EI1141,00-Reporter+que+inventava+dados+escreveu+textos.html
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Família degradada. Por Flávia Oliveira.

"Juiz dá aula de ética em sentença sobre morte de filho de Cissa Guimarães. Lição serve a todos que encobrem ilícitos da cria...".

É preciso coragem para abordar este tema. E a jornalista Flávia Oliveira o faz neste texto publicado no jornal O Globo de 01/02/2015.

Leia a íntegra do texto publicado originalmente à página 36 daquela edição:

http://oglobo.globo.com/sociedade/familia-degradada-15210670
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